ChatGPT: Vilão ou aliado? ChatGPT: Vilão ou aliado?

ChatGPT: Vilão ou aliado?

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O ChatGPT é uma das ferramentas de inteligência artificial de sucesso da startup OpenAI e viralizou na internet por suas inúmeras funções, dentre elas a capacidade de ter conversas casuais com os usuários, escrever textos e gerar códigos complexos.

A repercussão desse chatbot iniciou muitos debates sobre o futuro do mercado de trabalho e quais cargos poderiam ser substituídos pelo uso da ferramenta. Segundo economistas do Goldman Sachs, 300 milhões de empregos podem ser afetados pela última onda de Inteligência Artificial. Segundo o mesmo relatório, 18% do trabalho mundial pode ser computadorizado, e os efeitos sentidos mais nas economias avançadas do que nos mercados emergentes.

Além disso, tais economistas afirmam que se a IA cumprir o que promete, o mercado de trabalho poderá enfrentar uma ruptura significativa. O esperado é que trabalhadores administrativos e advogados sejam os mais afetados, em relação aos profissionais que realizam atividades manuais.

Por outro lado, o Goldman Sachs diz que a adoração generalizada da Inteligência artificial pode, também, aumentar a produtividade do trabalho e o PIB global em 7% ao ano, durante o período de 10 anos. Os economistas acreditam ser mais provável que a maioria dos empregos seja complementada ao invés de substituída pela IA.

Mas afinal, o ChatGPT deve ser banido para preservar os empregos e o mercado de trabalho?

Em uma enquete realizada em nossa página do LinkedIn, 76% dos votantes opinaram que não. Outros 16% acreditam que sim, a ferramenta deve ser banida, enquanto outros 8% pensam que “talvez”.

 

Confira a opinião de nossos especialistas sobre o tema:

“Apesar de como sociedade nunca termos precisado “frear” nenhuma tecnologia, diferente de todas as outras que surgiram até hoje, a I.A, ao que tudo indica, trará um nível e velocidade de impacto na sociedade MUITO superior à capacidade de reação e de adaptação da governança pública e privada.

Esse descompasso, na minha opinião, justifica no mínimo uma governança cautelosa do tema. Em algumas situações é um grande erro olhar o futuro com os olhos do passado, creio ser esse o caso com a I.A. Não creio que “banir” seja o caminho, pois isso só pioraria a situação, deixando o desenvolvimento da I.A nas mãos do submundo da tecnologia, mas sim regular de forma extremamente cautelosa e técnica.” – Rodrigo Sahd, Founder and Managing Director da The Foursales Company.

“Creio que ainda seja cedo para banir o ChatGPT. Mas penso que a IA pode otimizar as tarefas do dia a dia, algumas coisas só podem ser realizadas por seres humanos, como resolução de problemas complexos, trabalho em equipe, entendimento de emoções, criatividade e pensamento crítico. Teremos que buscar novas habilidades para nos adaptarmos a esse novo cenário. Em todas as revoluções que passamos surgiram novas oportunidades e acredito que agora não será diferente.” – Maira Costa, Outbound Cordinator da The Foursales Company.

“Toda mudança traz reflexão e gera ansiedade, sobretudo daquilo que não dominamos. Toda revolução tecnológica, desde a revolução industrial, gera benefícios à sociedade. Entretanto, a palavra cautela deve ser empregada de forma muito sábia neste momento para que eventuais efeitos colaterais não prejudiquem uma camada ou outra da sociedade.” – Eduardo Nogueira, Senior Manager, CS & Partner da Foursales.

O uso do ChatGPT em Vendas e Marketing

Quando se trata do trabalho realizado na área comercial, existem diversas formas da plataforma ajudar a melhorar os resultados da área de vendas. Confira algumas delas:

  • Geração e qualificação de leads;
  • Cold Mail;
  • Produção de Conteúdo;
  • Objeções;
  • Pesquisa de mercado;
  • Modelos de propostas e contratos;
  • Brainstorming;
  • Role-play de vendas.

Já no setor de Marketing, o ChatGPT pode auxiliar na otimização do atendimento ao cliente, na automação de tarefas operacionais e na produção dos mais variados tipos de conteúdo para todos os públicos. Além disso, ele antecipa as tendências do mercado e gera relatórios com dados muito importantes para o planejamento estratégico da sua empresa.

Contudo, é importante lembrar que, para ambas as áreas, o chatbot também tem suas limitações. É preciso estar atento quanto à originalidade do produto que ele entrega, uma vez que não cita fontes, e isso pode resultar em plágio.

A atualização das informações é outro ponto que precisa de atenção, tendo em vista que há o risco receber uma resposta com dados desatualizados. Isso também está atrelado à veracidade das ideias que ele apresenta, porque nem todas são 100% confiáveis.

As falhas do ChatGPT

A Itália foi o primeiro país ocidental a demonstrar preocupação com essa tendência, banindo o ChatGPT temporariamente. A decisão foi tomada após uma análise da Agência de Proteção de Dados do país apontar falhas na proteção de informações pessoais dos usuários da versão premium da ferramenta.

Segundo o jornal The Guardian, a inteligência artificial teria um bug responsável por vazar, até mesmo, os dados bancários e o número do cartão de crédito dos consumidores. Isso levantou novas discussões sobre os riscos da utilização da plataforma, para além do vazamento de informações.

Internautas já apontaram que, em alguns casos, o chatbot emitiu respostas falsas e desinformação. Além disso, existe uma preocupação sobre a recolha automática de dados a partir das interações com a plataforma, o que levou até mesmo o Elok Musk, dono do Twitter, a contestar o uso do ChatGPT.

ChatGPT: Vilão ou aliado?

Depois de todas as informações apresentadas, fica o questionamento: o ChatGPT é um vilão ou aliado?

Depende da forma como você o utiliza.

Apesar de sua dinamicidade ao exercer diversas funções, é notório que o ChatGPT ainda precisa de ajustes em muitos pontos até de fato se tornar uma plataforma segura para o uso no ambiente corporativo.

Atualmente, ela pode ser vista como um bom apoio aos profissionais, mas deve ser utilizada com cautela em todos os casos, seja no ramo corporativo ou nos momentos de hobby.

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