Como o big data pode melhorar a gestão de pessoas

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Existem algumas grandes movimentações tecnológicas que têm impactado de maneira profunda a operação das organizações. Entre elas, podemos destacar a evolução de tecnologias voltadas ao big data. Mas como o big data pode melhorar a gestão de pessoas?

A análise de dados permite que as empresas conheçam melhor seus clientes e o mercado e, assim, direcionem ações e investimentos de forma mais efetiva. E com a expansão da inteligência artificial, essa leitura das informações deve se tornar ainda mais ágil, precisa e automatizada nos próximos anos.

Mas não é só no relacionamento com seu público externo que as empresas podem se beneficiar do uso estratégico dos dados. A área de gestão de pessoas também tem muito a ganhar em termos de agilidade e eficiência com a adoção de sistemas de informação que ajudam a apurar informações sobre os seus talentos.

Continue a leitura e aprenda mais sobre como o big data pode aprimorar a atuação da área de Recursos Humanos, identificando padrões de comportamento e desempenho para encontrar formas de melhorar a performance e criar estratégias de gestão de pessoas mais efetivas e lucrativas para as empresas.

O potencial do big data na gestão de pessoas

  • Como medir o ROI de um treinamento?
  • Quais são os processos mais eficientes na identificação dos melhores candidatos?
  • Quais são as ações mais assertivas para motivar a alta performance dos profissionais?

Essas são algumas das perguntas que sempre permearam a área de RH, e que trazem explicações variadas e, por vezes, subjetivas. No entanto, as respostas para essas dúvidas devem se tornar cada vez mais precisas com a expansão do uso de tecnologias de big data na gestão de pessoas.

Cada vez mais surgem ferramentas e metodologias que ajudam as empresas a analisar o comportamento dos funcionários e, a partir disso, identificar padrões de ações e atitudes que direcionam o caminho para a alta performance.

Um estudo da McKinsey nessa área cita o caso da rede americana de lojas de departamento Bon-Ton.

  • A empresa utilizou a tecnologia de big data para identificar atributos comuns nos vendedores de maior sucesso em suas mais de 280 lojas.
  • Foi constatado que os profissionais que possuem tais características tendem a vender 10% a mais e tendem a gostar mais do trabalho.
  • A partir dessa análise, a organização adaptou seu processo de seleção de candidatos, focando nos traços mais relevantes identificados na avaliação dos dados dos vendedores de alta performance.
  • Desde de que adaptaram o processo de seleção com base nessa análise de dados, a Bon-Ton teve um aumento nas vendas de $1.400 por vendedor e diminuiu em 25% o índice de turnover.

Outro caso citado pela McKinsey, e que exemplifica bem o impacto do big data na performance do RH e da organização como um todo, é o da empresa de serviços financeiros PNC.

  • Nessa organização, os executivos perceberam que tinham a tendência de dar preferência a contratações externas de profissionais experientes ao invés de recrutar internamente.
  • Para entender se essa conduta estava prejudicando ou não a organização, eles reuniram-se com o time de Marketing para avaliar o desempenho dos profissionais contratados externamente e daqueles recrutados dentro da própria empresa.
  • O resultado: os contratados internamente se mostraram significativamente mais produtivos do que as contratações externas.

Esses casos são apenas uma amostra de como as tecnologias voltadas ao big data devem impactar o trabalho dos profissionais de RH em um futuro próximo. No estudo Global Recruiting Trends 2018, feito pelo LinkedIn:

  • 50% dos recrutadores e gestores globais afirmam que a expansão da tecnologia de Big Data é uma das tendências que mais tem impactado o processo de seleção e contratação de profissionais na atualidade.
  • No Brasil, esse índice é de 59%;
  • 64% dos recrutadores e gestores entrevistados disseram já terem utilizado dados no processo de recrutamento;
  • E 79% afirmam que pretendem utilizar dados para selecionar os melhores candidatos nos próximos dois anos.
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